terça-feira, 10 de agosto de 2010

PARADOXOS DO NOSSO TEMPO - GEORGE CARLIN

(Foto dos meus sobrinhos lindos: Helton Donato, João Vitor e Geovana)
Nós bebemos muito mais do que deveríamos,
gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais, ficamos sem dormir até muito mais tarde.
Acordamos sempre mais cansados.
Lemos pouquíssimo.
Assistimos TV em demasia.
E, raramente, estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos pelos cotovelos e sem pensar nas consequências.
Amamos ocasionalmente, odiamos todos os dias.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver.
Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua
e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Sabemos tudo da ciência, da tecnologia,
do universo, mas desconhecemos a nós mesmos.
Desenvolvemos quase que infinitamente nossos cérebros,
mas nos esquecemos dos nossos corações.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma, o espírito,
a vida, a água, a paisagem.
Construímos prédios espetaculares,
mas, para isso, derrubamos todas as árvores.
E continuamos, nas escolas,
ensinando às crianças que isto é o certo.
É, somos uns criminosos... uns palhaços!!!
Temos coberturas de luxo. Mas não, oxigênio dentro delas.
Bajulamos os adultos e nos esquecemos das crianças.
Nossos iates e mansões estão quase vazios, mas as ruas e viadutos,
repletos de pessoas famintas, ao relento e sem a menor dignidade...
Dominamos o átomo, mas não, o nosso preconceito.
Escrevemos mais relatórios, planilhas e nenhuma poesia.
Planejamos bastante, mas não realizamos quase nada.
A gente não tem tempo de plantar, de colher, de acariciar um animal, mas
consuminos em demasia. Ficamos obesos mórbidos
e nos enfartamos por exaustão em busca de cada vez mais dinheiro.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Produzimos mais computadores e menos comida.
Armazenamos mais informações, mais cópias do que nunca, para nada.
E nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food', da coca-cola e da digestão lenta,
do homem grande de caráter pequeno.
Lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, muitos doentes,
dos hospitais frios, médicos apressados e sem atenção, carinho, diálogo.
Casas chiques e lares desfeitos.
Vivemos um tempo das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas...
Dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você e permite dividir essa reflexão
ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de ficar mais tempo com as pessoas que ama,
pois elas não estarão aqui para sempre.

E que dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.
Diga 'eu te amo' à sua companheira(o)
e às pessoas que ama.
...Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize bem todas
as pessoas que estão ao seu lado.




Um comentário:

José Carlos Eustáquio disse...

Texto maravilhoso, nos remete ao "ser" que somos e áquele que devríamos "ser".